sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Quando começaram os arrepios e as riminhas bregas.


Preciso desabafar, algo que de estranho vêm acontecendo. Já faz um tempo que não consigo passar um dia sem sentir-me arrepiado e sem fazer rimas bregas. É uma felicidade ridícula, uma vontade de ser gentil, de fazer o bem, de dar o lugar aos mais velhos. É como uma estranha vontade de sair cantando na rua, na meio do calçadão, ou no ônibus, qualquer música. Mais ou menos como nos musicais. Como a gordinha do "Hair Spray", pegar carona no caminhão de lixo sobre a caçamba e cantar até o destino final. Uma vontade de pendurar fitas do senhor do bonfim no pulso sem me preocupar se é brega ou não. Enfim, eu já não me reconhecia mais.
Tudo começa incrivelmente numa sala de bate-papo. A primeira fase trata-se apenas de tesão, sexo descompromissado. Ok, ambos divertem-se muito, e entre encontros e desencontros, bolos e canos, acaba acontecendo o encontro. Mesmo que um deles já tenha percebido que existe algo a mais no ar finge não estar acontecendo nada. Mas no dia seguinte ao encontrar para o sexo casual e nas semanas que se seguem, não consegue tirar da cabeça os momentos, os toques. Então persegue. De maneira sutil, é claro. Mensagens de celular, bom, diria intermináveis mensagens de celular. Essa perseguição tem resultados e começam a haver respostas, e até um convite pra uma segundo ou terceiro encontro.
Depois, do terceiro,veio o quarto, o quinto, o sexto e não conseguiram mais parar de ver um ao outro. Todo dia era pouco. Dentro de um mês não se viam sem o outro. Um sentimento de falta com querer-bem e desejar toda a felicidade do mundo, uma preocupação com os problemas necessidades, um profundo respeito, e sentido de compreensão.
E foi nesse momento que descobri que o sexo fazia sentido. Porque não era mais vazio, era como se nesse momento as coisas se equilibrassem. O sexo metade e o amor a outra. Os arrepios, as mordidas, os beijos por toda a parte do corpo, as línguas os olhares, pêlos, as caras de prazer/ amor. Uma mistura de raiva, amor, tesão, paixão. Não sei.
Realmente não sei. Não sei precisar onde exatamente começaram os arrepios, mas agora eles estão constantementes presentes em meu cotidiano. Já fazem parte do meu bom-dia, da minha noite fria, das minhas tardes cheias ou vazias. E essa riminha brega, e de péssimo gosto eu devo ao amor. Feliz ou infelizmente o amor é brega.

2 comentários:

Lawrence W. Bordignon disse...

Good Morning Baltimore!!!

Tb acho isso, mas é exatamente essa bregiçe, essa "liberdade" para sair do padrão, que faz o amor tão bom!!!

outro cara tb ja disse isso: heheheheh

O Amor é Brega
Cazuza

Composição: Cazuza

É verdade, o amor é brega
Escovando os dentes de manhã
Na janela
O amor é brega como o pão saindo da padaria
E o vestido mal cortado
Da Paraíba
Baby, love is pop, e pop é brega
Vamos viver de amor!
Vamos comer pipoca
O amor é brega
Eu quero um
O amor é brega
Eu quero um

Como é ridículo chorar
Como é possível acreditar
Que o amor é morte
Que o amor é morte
Que a paixão existe no centro do mundo
Que a paixão explode no meio do mundo

Daniele C. disse...

é por isso que as pessoas gostam. pq é brega!