quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

As coisas que não posso esquecer, e nunca anoto.


É terceira vez que tento escrever alguma coisa, e no terceiro parágrafo me deparo com a falta de criatividade e defenestrotudo. Acho que algo se foi. Algo que me era extremamente caro se perdeu. É como se as idéias ficassem confusas e cada vez mais distantes. Uma paz interior que me ungia o corpo esvaneceu pelo ar. Vontade de defenestrar o mundo (Adoro essa palavra) .
Não quero continuar o mesmo ciclo anterior de desejos insólitos e toda essa teimosia e frivolidade pretendo abandonar. E não quero mais me jogar nos braços do mundo para curar coração partido.
Quero ver se acho em algum lugar perdido sei lá onde. Quero a ordem correta das coisas do mundo. O lugar das minhas verdadeiras coisas. Quero ver se me acho refletido em qualquer coisa que não sejam os olhos de outro. Não gostaria de falar disso quando iniciei o texto. Não sei do que gostaria de falar. Na verdade as coisas que eu quero dizer ficam presas entre meu sorriso. Quero uma porção de outras coisas que preciso anotar pra não esquecer, e nunca anoto.
Mas, das constatações que venho fazendo a algum tempo, a malhor sem dúvida é " sempre tem um dia depois do outro" E, sério, isso serve pra tudo. Tanto para a dívida do cartão de crédito quando para um término de namoro. Só que diferente do cartão de crédito que só almenta o valor da sua fatura, oTérmino do namoro tende a diminuir o valor que a pessoa em questão tinha(salvo exceções).
Ouço claramente as batidas do coração leviano, que, como diria Paulinho da viola "trama em segredo teus planos, parte sem dizer adeus." O importante é que entre mortos e feridos salvaram-se todos. Escapamos ilesos do mergulho que demos em nós mesmos quando nos deparamos com um relacionamento.
Estou com a escrita um pouco morta hoje. O valor que estas palavras têm se perde no momento que deixam minha cabeça. Por que agora não há ninguém para jogar gamão, nem comer de hashi. Por que pra mim não há como medir o valor que tinha o coração que se ligava ou ao meu. Não há. Como medir o tamanho da dor ao me ver novamente como ser-humano que sou: sozinho, no lugar que chamamos de casa.