domingo, 7 de setembro de 2008

Vive le Vie


Me lembro de quando era criança, e algum tio, ou mesmo meu pai, me pegava pelos pulsos e me girava pelo ar. Era tão divertido ver o mundo passando depressa, ver as coisas se movendo ao meu bel prazer e o riso saía leve. Lembro da sensação de segurança que aquelas pessoas me inspiravam. Depois dessas brincadeiras gostosas o mundo parece que perde a cor, parece que encolhe; é como voltar ao lugar onde cresceu ver as árvores em que subiu e caiu quando era criança, sentir uma pontada de dor e saudade dos melhores anos de sua vida. É sentir o cheiro do lugar que continua o mesmo, mas agora sem você por perto.
E nesse momento alguém que é importante para mim dorme no quarto em frente. Alguém que me faz ter a mesma confiança que tinha quando me deixava guiar pelas mãos e rodar... rodar... rodar sem medo de cair no chão ou de bater em algo.
Engraçado como apesar de já ter pessaso mais de quinze anos desde que vive esses momentos ainda sinto que a vida tem muitas cores, cheiros, sabores a serem descobertos. Sinto que ainda há muita coisa a ser vista e principalmente sentida.
O sentimento de liberdade de estar rodando no ar me faz encher os pulmões de vontade de viver, me faz encher os pulmões de força, de coragem para enfrentar a vertigem das árvores que se tornaram obstáculos do gente grande.
Então, o poder de conseguir levantar da cama toda manhã esta na memória. Esta na força e na coragem que tinha quando criança. Não ter medo do desconhecido, a primeira coisa que vc aprende quando entra na idade adulta: Não conhece, então tenha cautela. Errado. Não conhece, apresente-se!!! Procuro sempre deixar que os acontecimentos seigam seu rumo, procuro sempre fazer as melhores escolhas possiveis. Procuro sempre não encontrar razões para voltar, e se necessário volto para procurar o que perdi, para me reciclar, para encontrar o pedaço que falta. Um acontecimento precede o outro, que antecede um terceito e assim sussecivamente. Vivo. Usufruo da vida, não abuso de sua generosidade. Apenas sinto, procuro ouvir. E "Vive Le Vie"...



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