quinta-feira, 11 de junho de 2009

O dia do tapetinho.

Hoje, incomumente fiquei em Curitiba no feriado, e como não de costume resolvi ver nossa maravilhosa cidade pseudo Londrina(Londrina de Londres ok?). Saí de casa com propósito de andar, flanar pelas ruas de Curitiba para ver o que ela me oferecia.
A contemplação é sempre evolutiva. Saí na tentativa de descobrir porque era feriado. Não me lembrava mesmo porque todos paralisam em plena quinta-feira, alguns emendando no fim de semana. Logo algumas quadras abaixo da minha me deparo com a Avenida Cândido de Abreu. Avenida que corre boato seria "baseada?" na Chanps Alisée. Sempre palco de qualquer manifestação pública nessa cidade, como A Parada "Diversidade", o"CARNAVAL" de rua e - exceto é claro, as estudantis ou pelos direitos da mulher que geralmente são na Praça Santos Andrade - o lugar tinha se transformado em um verdadeiro tapede te serragem e gente! - Pronto, exclamei -É o dia do tapetinho. Nunca entendi muito bem o significado dessa data comemorativa (não coloquei outras aspas pra não ficar demais) Acho que é quando ... bom não vou saber explicar. Sei que é o dia em que as pessoas vão fazendo tapetes de serragem e no Final limpam tudo.
Bom estava eu sentido centro, indo, como quem não espera nada. Eu estava realmente me divertindo, achando interessante os desenhos. Havia um com o símbolo do vaticano, outros feitos no trucão com TNT(urg) e pintados em uns painéis de tecido mau feitos. Não se fazem mais padres com o antigamente... Na metade do caminho eu percebi uns olhares católicos em minha direção. Me senti um herege sendo acusado pela população insana. Os olhares eram de reprovação, e comecei a acreditar que tinha feito algama coisa errada. Estava caminhando a Avenida toda em um feriado Santo com uma blusa com as seguintes escrições "Exú café" . Quando percebi achei graça e continuei. Resolvi dar um entrada no Shopping Mueller, estranhamente o interior do shopping estava mais lotado do que a rua do tapete. Acho que os feriados viraram mesmo datas comemorativas dos vendedores e resorts, com Loiras peitudas tomando agua de coco sem canudo. Enquanto nós aqui no frio Curitibano nos contentamos com a de caixinha comprada no mercadorama.
Chegando no largo da ordem. Fui recebido literalmente por uma chuva de papel picado, como chama aquele papel prateado que usam em formaturas...? enfim...foi bonito. em direção a Federal praça Santos Andrade me deparo com a cena mais linda de todas. A Limpeza. Isto é , lindo seria se quem fez a sujeira fosse limpar não os varredores de rua que infelizmente não puderam aproveitar o feriado santo do tapetinho de serragem. Estavam varrendo os pecados alheios...

2 comentários:

Felipe Sclengmann disse...

Bom! Muito bom!

Anônimo disse...

Bom texto!
É sempre bacana encontrar outros blogs com algo diferente para se ler, parabéns.

Jair Gabardo.