Quando me deito na cama e percebo que to sozinho, que não tem ninguém no mundo pra ficar comigo, que por mais que eu queira eu to sozinho nessa porra de mundo eu tenho uma vontade secreta de nunca mais sair de casa. Mas não dá... porque as contas se acumulam na porta.
Acho que as pessoas que tem noção de como são sozinhas e insignificantes no mundo são aquelas que quando eram crianças eram sempre as últimas a serem escolhidas na educação física, sempre as que lanchavam sozinhas, sempre as que tentavam se encaixar nos grupinhos mais cool’s da escola e em vão terminaram o recreio como começaram, sozinhas.
Por isso que a gente vive nessa porra de cidade fria, com gente fria que mal te cumprimenta e solta, toda manhã, uns grunhidos que talvez devam significar “Bom dia”
Acho que as cidades estão ficando cada vez mais cheias dessas pessoas que grunhem e que por falta de amor, por serem sozinhas popularizam a venda de apartamentos de um quarto.
Não é só o frio, não, é um jeito de encarar as coisas, uma maneira especial de não ser notado. Quando que cheguei aqui, eu só queria ser feliz, só queria achar meu canto, meu espaço trabalhar e ser... não vou dizer que queria ser como todo o resto, não...
Porque... não sejamos hipócritas... todo mundo acha que é o “the one” todo mundo quer ser mais do que qualquer um. Mas quando eu cheguei só queria ser notado, só queria fazer o que eu amo. E eu to falando de amor aqui, eu to falando de algo que a gente sente desde cedo, uma vontade de fazer as pessoas felizes, de ser feliz.
Eu acho que nunca amei, eu acho que eu não sei o que é isso direito. No começo achava que era alguma coisa que a gente sentia muito forte e que doía. E de fato, da primeira vez doeu amar... doía dessa dor que a gente sente que se mistura com euforia e ânsia de ver o outro, dessa coisa adolescente. Mas aí tudo me pareceu sem fundamento e acabou como começou, do nada. Acho que eu não sou capaz, acho que eu devo ter alguma deficiência congênita, porque pelo que eu me lembre, todas as vezes que eu amei foi porque a pessoa me amava. Ou seja eu amava porque o outro me amava, logo, eu amava a mim mesmo.
Sim, isso parece monstruoso. Mas talvez, o amor seja isso mesmo, “se sentir solitário entre a gente” .
Então, fato é que aqui, parece que essa cidade, salvo raras exceções , está cheia de gente sozinha no recreio. Essa cidade está completamente lotada de gente seca, dura e fria porque de tanto ficar sozinha lanchando no recreio ou sendo a última a ser escolhida na educação física aacabou adotando essa conduta... o que? “RESERVADA”?
Fato é que a solidão dói. Fato é que a solidão me deixa comigo e é assustador se ver cara a cara. É sempre mais fácil evitar confrontos. Falei mais fácil, não falei que é a única possiblidade. Tem sempre a necessidade de ser ver de frente.
quinta-feira, 24 de março de 2011
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Eu devia....
Hoje devia ter ido ao museu, devia ter comido menos carboidrato, ter comido mais fibra. Hoje, devia ter dormido menos, ter feito mais sexo, ter dado mais atenção, ter respirado mais fundo. Hoje devia ter caminhado um pouco, devia ter me entregue de verdade. Hoje, devia ter caído em mim, ter aceitado a chuva sem me proteger. Hoje devia ter olhado nos olhos, devia ter cantado. Ter feito as malas, devia ter achado os caminhos, ter descoberto os segredos que me escondo. Hoje devia ter criado rotas; caminhos. Devia ter acredito que podia. Hoje poderia ter visto o mundo, poderia ter dormido menos. Devia ter prestado mais atenção nos fiapos de frango que desfiava, poderia ter observado com mais calma as crianças ensaiando com suas flautas para a parada de amanhã. Hoje poderia ter limpado a pele, poderia ter tomado mais banho. Hoje poderia ter tomado menos café, ter tomado mais água. Hoje poderia ter lido mais livros, poderia ter bebido mais chá de camomila; erva doce; cidreira; limão; laranja. Ter sido mais romântico, depravado. Poderia ter criado mais frases, ter acreditado em mais coisas, ter contestado outras que deixei passar. Hoje poderia ter escrito um diário, poderia ter descoberto algum continente. Poderia ter crescido. Hoje poderia ter medo de cair, poderia ter sido vencido pelo cansaço, poderia ter amado mais. Hoje poderia ter lançado livros pela janela, poderia ter gritado mais alto que podia, poderia ter subido no telhado e gritado palavrões. Hoje eu poderia ter descido de escada, poderia ter levado o lixo, poderia ter batido o carro, poderia saber dirigir, poderia ter paciência. Hoje poderia saber aramaico; mandarim; alemão e russo. Hoje eu gostaria de poder voar, poder tocar, gostaria de um crèeme brûlè. Gostaria de escrever sobre amor, sobre a dor. Gostaria de ter asas, gostaria de ser anjo, homem, mulher. Gostaria de ser gato para cair em pé, gostaria de ser sexy, gostaria de ter maus pensamentos, de agredir alguém. Hoje eu gostaria de um linchamento público. Gostaria de um corredor polonês, para ver se a dor me faz sentir alguma coisa. Gostaria de perseguir operadores de telemarketing. Gostaria de bater em velhinhas que não limpam a sujeira de seus cachorros na rua. Hoje eu gostaria de uma passeata em favor do aborto, da pena de morte, do incentivo ao tabagismo nas escolas. Hoje gostaria de estar vivo. Porque hoje, eu devia ter notado que poderia não estar vivo.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Aço fedendo a perfume barato.
Voltava abaixo de um sol escaldante que parecia lhe queimar a cabeça e a alma, se é que depois de toda aquela noite ainda possuía alguma. No ónibus que cheirava a aço quente e perfumes baratos de todas as qualidades; apenas um odor sobressaía. O Odor de um perfume caro que tinha agora em seu pulso. Pulso. No momento seu pulso estava pulsando de maneira a que -se ele quisesse- poderia contar na própria jugular os batimentos cardiacos. Mas no momento ele se contentava em tentar não ouvir os funk's que vinham um grupo de garotos que ouviam músicas em alto e bom som em um celular brigando os demais passageiros a degustar o bom gosto. E a viagem parecia não acabar nunca. Lá dentro sentia-se como intocável, e apesar de desejar se sentir invisível sabia muito bem que não podia passar despercebinamente por alguém normal. Não estava com cara de4 alguém normal. Pupilas dilatadas, e olhos semicerrados. Cara de ontem, cara de quem precisa desesperadamente de um banho e um bom sono para abrandar seu coração leviano. Sim ele tinha um coração leviano. Porque por ventura foram levianos com o seu e achou que seria uma forma de proteção ser com o dos outros também. Maesmo sabendo que no fundo não era. Gostaria de ter o dom de ser, intovável e inatingível. E naquele exato momento acabou por se tornar.
Passou a semana imaginando e tentando descobrir porque fazia as coisas que fazia e quando fazia. Não conseguira perceber que o real motivo de fazer as coisas erradas eram pelas razões certas. Porque se ele se jogava na balada, se perdia nos corpos e nas bocas e narizes de pessoas conhecidas; ou não; era porque ele tinha perdido um pedaço de sí. Apesar de não saber de qual pedaço se tratava ele continuaria por algum tempo ainda a sentir falta de tal parte tão sua e tão INsignificante.
Sobre o pedaço.
Era quase como um pedaço de carne crua e suada um pedaço de gente talvez. Uma metade de nada. Ou uma peça inteira de qualquer coisa que não sabe o que é ou não quer ver. Porque no momento ele pensava em uma maneira de achar dentro de sí a peça que faltava. Sim, ele acreditava no duplo e talvez no múltiplo sentido das coisas. Não que desejasse achar uma explicação para tudo, porque tentar explicar tudo é uma e, talvez a maior de todas as formas de idiotice. Mas ele acreditava que as coisas assim como as ações e acontecimentos tinham uma ligação direta e influenciariam as posteriores. E sempre acabavam por.
A parte que perdera de sí talvez estivesse consigo mesmo. Talvez alguém tivesse lhe roubado. Mas ele sabe. Ele sabe muito bem como encontrar, só precisa se decidir por se dar uma chance. Precisa agora descer desse ônibus de aço fedendo a perfume barato, ir pra sua casa e dormir depois de um longo e demorado banho. Pôr a cabeça no lugar e não falar nada. Não falar. Um dom e uma necessidade tão negligenciada por sí nos ultimos tempos. Tem sido tão verborrágico que nem mesmo consegue pensar. Ele tem se negligenciado a muito tempo e em muitos aspectos. Mas ele continua. ELE finalmente desceu e cumpriu seu chamado ao desconsso decidindo o que fazer. Ele dorme agora. E por mais umas quatro horas. desejando secretamente não acordar. Mas isso é só uma mania que tem de querer fugir das coisas da vida.
Passou a semana imaginando e tentando descobrir porque fazia as coisas que fazia e quando fazia. Não conseguira perceber que o real motivo de fazer as coisas erradas eram pelas razões certas. Porque se ele se jogava na balada, se perdia nos corpos e nas bocas e narizes de pessoas conhecidas; ou não; era porque ele tinha perdido um pedaço de sí. Apesar de não saber de qual pedaço se tratava ele continuaria por algum tempo ainda a sentir falta de tal parte tão sua e tão INsignificante.
Sobre o pedaço.
Era quase como um pedaço de carne crua e suada um pedaço de gente talvez. Uma metade de nada. Ou uma peça inteira de qualquer coisa que não sabe o que é ou não quer ver. Porque no momento ele pensava em uma maneira de achar dentro de sí a peça que faltava. Sim, ele acreditava no duplo e talvez no múltiplo sentido das coisas. Não que desejasse achar uma explicação para tudo, porque tentar explicar tudo é uma e, talvez a maior de todas as formas de idiotice. Mas ele acreditava que as coisas assim como as ações e acontecimentos tinham uma ligação direta e influenciariam as posteriores. E sempre acabavam por.
A parte que perdera de sí talvez estivesse consigo mesmo. Talvez alguém tivesse lhe roubado. Mas ele sabe. Ele sabe muito bem como encontrar, só precisa se decidir por se dar uma chance. Precisa agora descer desse ônibus de aço fedendo a perfume barato, ir pra sua casa e dormir depois de um longo e demorado banho. Pôr a cabeça no lugar e não falar nada. Não falar. Um dom e uma necessidade tão negligenciada por sí nos ultimos tempos. Tem sido tão verborrágico que nem mesmo consegue pensar. Ele tem se negligenciado a muito tempo e em muitos aspectos. Mas ele continua. ELE finalmente desceu e cumpriu seu chamado ao desconsso decidindo o que fazer. Ele dorme agora. E por mais umas quatro horas. desejando secretamente não acordar. Mas isso é só uma mania que tem de querer fugir das coisas da vida.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Entre a casca de laranja e o cigarro de filtro vermelho.
Debaixo da soleira da porta havia uma pequena casca de laranja que havia sido deixada a pouco. Nem sinal de movimentações, nem sinal de qualquer indício de vida no lugar. A casa mostrava-se vazia, estava o ambiente todo inócuo. Ao fundo conseguia-se ouvir de algum aparelho de som a voz rouca de Billie Hollyday que preenchia todo o ambiente inebriando os corações que por ventura estivessem por chegar, ou acabaram de sair. Era uma manhã de sol dessas de agosto que são muito frias mas não se observa nuvem alguma no céu. Era uma manhã calma, onde o silêncio era cortado apenas pelo barulho voraz dos carros conduzidos por motoristas que passavam pela frente da casa a caminho do trabalho.
A casa. A casa não era muito grande nem muito pequena. Era do tamanho certo para uma pessoa que vivesse sozinha e vez ou outra recebesse algum amigo. A sensação que se tinha ao entrar pelo hall e entrando mais ainda pela sala era que alguém tinha acabado de colocar os objetos no lugar. Tinha-se sempre a impressão de que haviam tirado pó e recolocado o objeto no mesmo lugar, ou quase. Tudo era sempre organizado e limpo, e podia-se sentir no ar um leve aroma cítrico, algo como laranja, ou folhas de limão. Esse cheiro que por vezes tornara-se enjoativo para o personagem que está por surgir agora, era cortado apenas por um outro aroma salgado que pairava no ar.
Por algum motivo era como se a casa estivesse sem vida. O telefone começa a tocar. Nada. O telefone continua tocando. Nada. Ao lado da mesinha onde ficava o telefone estava um cinzeiro cheio de pontas apagadas de cigarros de filtro vermelho. Apenas um estava aceso, mas quase apagado, por algum motivo alguém deixou o cigarro queimar sozinho. Por algum motivo alguém saiu e não pode voltar para terminá-lo.
Falemos sobre o aroma. Não o aroma cítrico e bucólico, mas o aroma salgado. Ele surge logo antes do telefone tocar, antes mesmo do cigarro ser aceso. Logo depois da laranja ser cortada. Além da soleira da porta que estava entreaberta observava-se uns pezinhos. Uns pés descalços e limpos como de quem acaba de acordar e por alguma razão não pôs os chinelos. Além dos pezinhos estava uma possa de sangue vermelho ainda quente. Na mão do corpo que continha os pezinhos estava uma laranja semi-descastaca . Uma porta bate. Já são dez horas, os carros já não fazem tanto barulho, o telefone já não toca. O silêncio retoma a casa, em uma manhã de cheiro cítrico e salgado a rotina tão própria havia sido quebrada.
A casa. A casa não era muito grande nem muito pequena. Era do tamanho certo para uma pessoa que vivesse sozinha e vez ou outra recebesse algum amigo. A sensação que se tinha ao entrar pelo hall e entrando mais ainda pela sala era que alguém tinha acabado de colocar os objetos no lugar. Tinha-se sempre a impressão de que haviam tirado pó e recolocado o objeto no mesmo lugar, ou quase. Tudo era sempre organizado e limpo, e podia-se sentir no ar um leve aroma cítrico, algo como laranja, ou folhas de limão. Esse cheiro que por vezes tornara-se enjoativo para o personagem que está por surgir agora, era cortado apenas por um outro aroma salgado que pairava no ar.
Por algum motivo era como se a casa estivesse sem vida. O telefone começa a tocar. Nada. O telefone continua tocando. Nada. Ao lado da mesinha onde ficava o telefone estava um cinzeiro cheio de pontas apagadas de cigarros de filtro vermelho. Apenas um estava aceso, mas quase apagado, por algum motivo alguém deixou o cigarro queimar sozinho. Por algum motivo alguém saiu e não pode voltar para terminá-lo.
Falemos sobre o aroma. Não o aroma cítrico e bucólico, mas o aroma salgado. Ele surge logo antes do telefone tocar, antes mesmo do cigarro ser aceso. Logo depois da laranja ser cortada. Além da soleira da porta que estava entreaberta observava-se uns pezinhos. Uns pés descalços e limpos como de quem acaba de acordar e por alguma razão não pôs os chinelos. Além dos pezinhos estava uma possa de sangue vermelho ainda quente. Na mão do corpo que continha os pezinhos estava uma laranja semi-descastaca . Uma porta bate. Já são dez horas, os carros já não fazem tanto barulho, o telefone já não toca. O silêncio retoma a casa, em uma manhã de cheiro cítrico e salgado a rotina tão própria havia sido quebrada.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Os vagões cheios de nada.
"Então, deveria ter deixado claro que as coisas que são vâs devem permanecer como tais. Caso contrário, as coisas cheias de significados deixam de tê-los. Se o que for vão passar a ser cheio de conteúdo então não existiriam coisas vãs.
Parece uma afirmação meio lógica, um tanto óbvia. Mas não. Não acredito que existam coisas vãs, inúteis. Acredito que por mais sem sentido que algum acontecimento ou palavra ou ação ou emoção possa parecer na verdade está cheio de significados intrínsecos e verdadeiros. "
Não posso negar que inúmeras vezes ele fez das coisas vãs suas melhores aliadas. Mas o que vemos acima talvez não sejam suas palavras. Talvez sejam palavras que lhe ditaram à orelha. Talves sejam palavras que lhe sopraram aos ouvidos numa noite qualquer de agosto. E ele tem a necessidade de transmití-las. Seja como for, sua mania em ser verborágico o assusta. Ele acredita que de todas as palavras que profere mais da metade sejam vagas e fiquem entre o certo e o duvidoso. Ele teme a verboragia, como teme os vagões cheio de nada. Teme ficar no vão enquanto essas vagões passam por cima.
Esses vagões cheios de nada o assustam, mas não impedem-no de continuar a viagem. Não o deixam esmorecer, nem perder o fôlego. Por vezes deixa cair algo ou alguém que não tem a obrigação ou mesmo vontade de sentar-se junto dele na janela e aproveitar o passeio. Ele deixa que as coisas partam e voltem e partam novamente. Porque é assim que se vê: sem necessidade de aprisionar. Nem de ser aprisionado, salvo quando deseja.
Me disse isso sob o efeito de alcóol, e foi-se. Como quem veio do nada e para o nada vai. e Agora...
agora ele deve estar dormindo até as duas da tarde, porque ou ficou lendo até tarde, ou ficou assistindo a algum filme, ou saiu com os amigos, ou esteve em uma baladinha de drink's e cigarros até as cinco da matina. Que o sono seja dos justos. Deixem-no dormir.
Parece uma afirmação meio lógica, um tanto óbvia. Mas não. Não acredito que existam coisas vãs, inúteis. Acredito que por mais sem sentido que algum acontecimento ou palavra ou ação ou emoção possa parecer na verdade está cheio de significados intrínsecos e verdadeiros. "
Não posso negar que inúmeras vezes ele fez das coisas vãs suas melhores aliadas. Mas o que vemos acima talvez não sejam suas palavras. Talvez sejam palavras que lhe ditaram à orelha. Talves sejam palavras que lhe sopraram aos ouvidos numa noite qualquer de agosto. E ele tem a necessidade de transmití-las. Seja como for, sua mania em ser verborágico o assusta. Ele acredita que de todas as palavras que profere mais da metade sejam vagas e fiquem entre o certo e o duvidoso. Ele teme a verboragia, como teme os vagões cheio de nada. Teme ficar no vão enquanto essas vagões passam por cima.
Esses vagões cheios de nada o assustam, mas não impedem-no de continuar a viagem. Não o deixam esmorecer, nem perder o fôlego. Por vezes deixa cair algo ou alguém que não tem a obrigação ou mesmo vontade de sentar-se junto dele na janela e aproveitar o passeio. Ele deixa que as coisas partam e voltem e partam novamente. Porque é assim que se vê: sem necessidade de aprisionar. Nem de ser aprisionado, salvo quando deseja.
Me disse isso sob o efeito de alcóol, e foi-se. Como quem veio do nada e para o nada vai. e Agora...
agora ele deve estar dormindo até as duas da tarde, porque ou ficou lendo até tarde, ou ficou assistindo a algum filme, ou saiu com os amigos, ou esteve em uma baladinha de drink's e cigarros até as cinco da matina. Que o sono seja dos justos. Deixem-no dormir.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Pra lá de Bagdad!
No princípio talvez uma confusão de cenas com angulações pouco ortodoxas e diálogos bastante desconexos. Tudo começa a fazer sentido no desenrolar das ações. Um casal alemão em viagem de turismo pelos estados Unidos. Uma estrada que no decorrer percebe-se estar dentro de um deserto. E uma personagem misteriosa que se mostra, apesar da aparência dura e figurino tradicional germânico uma adorável mulher que muda tudo por onde passa.
Do diretor Percy Adlon "Bagadad café" ou "Out of Rosenheim" conta com Marianne Sägebrechtnm ( Rosalie Vai às compras- veja também), Jack Palance, Cristiane Kaufmann, CCH Pounder e um elenco cheio de interpretações dignas de serem vistas; o filme retrata a vida conturbada da dona de um café na beira de uma estrada a caminha de Vegas. Seu marido mostra-se um inútil, seu filho adolescente fica ao piano o dia todo, sua filha mostra-se uma típica adolescente em fase de descobertas. Dona de um gênio forte ela tem de tomar conta do café, das contas, da criação dos filhos. Para completar o café/hotel está entregue às traças e a miséria parece não ter trégua. Tudo muda quando aparece uma nova hóspede. Uma alemã no meio do nada. Simpática, e suada com o calor do deserto, a nova Hóspede muda a vida de todos à sua volta.
Sem dúvida esse é um filme que merece ser visto em um final de semana chuvoso. Sua simplicidade encanta, mostra o valor das pequenas coisas e de como um pouco de organização e limpeza podem fazer as coisas muito melhores. Não falo isso pelo fato de ter Toc. ( Transtorno obsessivo compulsivo) por limpeza e organização, mas pela singeleza das ações e de como o ser humano é carente de atenção. De como os verdadeiros amigos podem aparecer no meio do nada em um dia quelquer e mudarem nossas vidas par asempre. Um filme que fala sobre recomeços, uma divertida comédia, daquelas inteligentes que; até eu descobrir o circuito undergroud americano só havia encontrado em filmes europeus. Uma boa opção para um fim de semana chuvoso, ou não.
Do diretor Percy Adlon "Bagadad café" ou "Out of Rosenheim" conta com Marianne Sägebrechtnm ( Rosalie Vai às compras- veja também), Jack Palance, Cristiane Kaufmann, CCH Pounder e um elenco cheio de interpretações dignas de serem vistas; o filme retrata a vida conturbada da dona de um café na beira de uma estrada a caminha de Vegas. Seu marido mostra-se um inútil, seu filho adolescente fica ao piano o dia todo, sua filha mostra-se uma típica adolescente em fase de descobertas. Dona de um gênio forte ela tem de tomar conta do café, das contas, da criação dos filhos. Para completar o café/hotel está entregue às traças e a miséria parece não ter trégua. Tudo muda quando aparece uma nova hóspede. Uma alemã no meio do nada. Simpática, e suada com o calor do deserto, a nova Hóspede muda a vida de todos à sua volta.
Sem dúvida esse é um filme que merece ser visto em um final de semana chuvoso. Sua simplicidade encanta, mostra o valor das pequenas coisas e de como um pouco de organização e limpeza podem fazer as coisas muito melhores. Não falo isso pelo fato de ter Toc. ( Transtorno obsessivo compulsivo) por limpeza e organização, mas pela singeleza das ações e de como o ser humano é carente de atenção. De como os verdadeiros amigos podem aparecer no meio do nada em um dia quelquer e mudarem nossas vidas par asempre. Um filme que fala sobre recomeços, uma divertida comédia, daquelas inteligentes que; até eu descobrir o circuito undergroud americano só havia encontrado em filmes europeus. Uma boa opção para um fim de semana chuvoso, ou não.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Suínocultura.
Não. Hoje em dia não se pode parar. Não pode-se dar ao luxo de parar. Se parar está fora. Fora do eixo. Deixa de girar em torno das atividades humanas. Fora da grande roda da fortuna. E nessa grande corrida "quem quer dinheiro" nunca pára, não importa no pescoço de quem precise subir.
Nos tempos de Twitter, Orkut, bate-papo, Iphone, e crianças sendo defenestradas ou defenestrando-se , você pode não saber mas nada te pertence. Nada parte exclusivamente de você, sempre há um interlocutor que dita, e você; inconscientemente obedece. Eu falo é claro dos grandes centros, no interior as coisas tendem a ser mais lentas. Nas capitais e grandes cidades, as velocidade de informação e acontecimentos devora. E é preciso muito mais do que boa vontade para se manter viro na roda viva. É preciso uma certa dose de espírito de porco para não perceber as catarradas na rua. Para fazer vista grossa para as grosserias e injustiças diárias cometidas ao seu redor.
Ter espírito de porco é necessário. Ou você tem, ou você é misturado a lavagem dos outros suínos. Acabou-se a era das gentilezas. O que importa é entrar de uma vez e ocupar seu lugar. Acabou-se o romantismo, isto é, acabou-se da maneira antiga. Saudosismos à parte, a era da comunicação globalizada já chegou e salve-se quem puder. Enterre-se na sua cova rasa, tranque-se na sua redoma, construa seu dique, crie seu castelo de cartas ou morra afogado em meio ao mar de gente. Afaste-se da multidão. Ou fique e preocupe-se com a gripe suína se quiser. Niilismos à parte o pior já foi feito, e não há como voltar atrás.
O mundo é feito relações que criam ralidades palpáveis. Mas o que vale são as boas, as relações que somam, com pessoas que interessam. E acredite, está cada vez mais difícil encontrar pessoas que tenham algo interessante a dizer. Quando digo "afaste-se da multidão" me refiro a multidão que vaga sem saber pra onde vai. Aos espíritos de porco que acordam diariamente e vão trabalhar sem nenhuma espectativa além de receber seu salário de merda no fim do mês. Meu protesto está contido em breves palavras que deixo aqui, por hora. Pois não há tempo para mais. No momento o telefone não pára.
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