terça-feira, 29 de julho de 2008

A alegria de ser Clichê.























Ahh !!!!!
A alegria de ser clichê!! Pouco comparada a alegria de não ser. O planeta está cheio de fatos que são clichês ou seja, palavra que vem do francês, chavão ou lugar -comum, expressão que de tão usada desgasta-se perdendo o sentido.
Num mundo onde quase ou tudo vem de cima para baixo é meio difícil fugir a regra da cópia e da repetição . Eu mesmo, agora estou sendo clichê ao bater numa tecla que tantas vezes outros já bateram. Até mesmo eu já falei disso nesse blog.
Fato é que eu estava escrevendo outro texto que deveria vir no lugar deste até que fui interrompido por um ligação importantíssima. Ótimo. Percebi que estava redondamente enganado escrevendo coisas que ninguém vai ler, e mesmo que leia, seria igual a tudo que que já foi escrito.
Fato, é que eu estava disposto a escrever um texto lindo sobre a vida, sobre a beleza das coisas, dos detalhes. Nesse exato momento eu parei e percebi "que porra é essa???" eu estava escrevendo um texto clichê!!! Meu Deus, eu estava escrevendo um texto clichÊ!!!!!!!
Tá e qual a importância disso? E daí, o tempo todo no mundo todo as pessoas fazem, falam, compram coisas clichês. Isso não faria relamente importância se ( momento clichÊ, não disse!) a humanidade não estivesse -adoro essa palavra- "fadada"( Existe coisa mais clichÊ?) a completa falta de senso de direção. Nós não sabemos de onde viemos- e vamos morrer sem saber- e não sabemos para onde vamos.
Fato, é que estamos todos no mesmo barco, no 1º ou no 3º mundo estamos todos sem a mínima noção do que fazemos. As palavras, regras, crendices, a ordem das coisas já foi repetida tantas vezes que perdeu completamente o sentido, nós simplesmente executamos as ações. Queiramos ou não vivemos num eterno e maravilhoso clichê onde perdeu-se o sentido da palavra "viver". O que podemos fazer para mudar??? Nada, vivamos nossos clichÊs e esperemos que alguma ligação ao menos nos faça ter noção de que existe algum. Ou tentemos com unhas e dentes - olha outro aí- figir dessa tendência universal a repetição e façamos a diferença.




terça-feira, 15 de julho de 2008

Pra não passar em branco.























Só pra não passar em branco resolvi escrever algumas palavras. Não palavras de lamentos, pelo contrário, quero agradecer o ar que entra em meus pulmões. . Só para não passar em vão o fato da vida ainda ser a mesma de sempre.
Não a mesma, por que os amigos do colégio já seguiram seus próprios caminhos e o que era importatne acaba-se de descobrir que não tinha importância alguma.
O ruim de quando crescemos é que descobrimos muito tarde que os momentos que passamos despreocupadamente com nossos amigos, que são apenas amigos, não se importam com a roupa que você veste, com quanto você tem na conta bancária ou mesmo quem você conhece. Ele só querem saber quem você realmente é.
Então quando crescer significa abrir mão de todos esses momentos, você fica nostálgico, te aperta a garganta lembrar daquelas pessoas que agora são apenas lembranças de dias felizes que infelizmente não vão voltar.
VocÊ cresceu e descobre que não tem mais com quem contar. Seus poucos amigos que restaram da infância continuam sendo, mas não tão próximos pois a distância acaba por afastar. Novos amigos vão e vêm aparecem e desaparecem com uma velocidade intensa. Não temos mais ninguém para passar uma tarde vazia e ela se torna uma tarde realmente vazia.
E você ainda está sozinho, afinal essa é a grande e única condição do ser-humano: Ser sozinho.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Nós os notamos??


Ontem, andando pela cidade a tarde, pude vislumbrar a grande quantidade de pessoas surtadas. Tem os que ganham a vida na rua, tocando instrumentos como um senhor que vi que tocava sanfona como ninguém. Ou assumindo a incapacidade de poder tocar um instrumento, o que acaba sendo divertido. Ver uma pessoa que não sabe nem como funciona sua sanfona sentindo-se orgulhoso da quantidade de pessoas que ficam em volta é realemente muito engraçado.
Coloquei os pés nas rua XV e já dei de cara com um homem que gritava palavras para agredir alguém invisível. Como é normal de acontecer, os curitibanos fingem não estar acontecendo nada. Andando mais um pouco a caminho de meus afazeres dou de cara com o "oil man"!! Deparar-se com aquela criatura só de sunga( muito justa diga-se de passagem) em plena quinta-feira com uma bicicleta do lado ( ainda bem que não estava em cima dela) é de melhorar o humor de qualquer um.
Temos também os esquecidos: pessoas que ficam o dia todo na rua, uns sentados no chão, outros no meio da calçada pedindo dinheiro. Talvez bÊbados , talvez drogados, sujos. Tem os que fingem trabalhar, são pseudo hippies-punks-roqueiros geralmetne usam moicanos, muitos piercings e obrigam você a aceitar as "obra de arte" que são pequenos objetos que podem ter a função de segurar insenço ou fotos, feitos de arame. Sem esquecer das estátuas vivas, é claro que com muito suor e frio ganham algum dinheiro e tornam o trajeto mais bonito.
Mais a frente por que a rua XV é imensa depois de me deparar com inúmeras pessoas no chão pedindo esmolas, percebo uma grande multidão parada em frente ao café da boca. Olhando para cima todos eles acabaram por me convencer de que seria bom olhar também. Um choque!!! No 10º andar do prédio um homem de uns 30 anos apontava uma arma para uma garota de parecia ter uns 25 e gritava coisas como :" Você é minha!", enquantos a policia se mobilizava com carros, camburões, tropas. Fiquei realmente impressionado, teria ficado mais feliz se não tivese perdido 10 minutos vendo aquela palhaçada. Era uma simulação, com direito a policiais escalando o prédio e tudo mais. É realmente incrível, já não bastasse a quantidade de crimes reais no país ainda fazem crimes de mentira!!
Ao final desse engraçado passeio ou desse grande palco por uma rua que mais parecia uma selva de produtos do meio, ou seja, pessoas que não tiveram chance alguma de ser melhores do que são e acabam se tornando invisíveis, ou surtando mesmo. Pelo menos aos nossos olhos são invisíveis já que as vezes fingimos e preferimos não ver.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Café sozinho.



Milagrosamente está fazendo um maravilhoso dia de sol na nossa tão estimada e nublada Curitiba. Nada que um fim de tarde não resolva, ou seja, até o final da Tarde a eterna núvem voltará.
Tão vazio tem sido esses últimos, que nem um dia como esse me faz ter vontade de sair lá fora. Mas como o mundo não pára... sou obrigado constantemente a sair e fazer alguma coisas, qualquer coisa que seja.
Afinal eu e a própria sociedade nos cobramos isso, por que não existe nada pior do que a culpa de chegar ao fim do dia e não ter feito absolutamente nada.
Mas devo lembrar que "fazer nada" é uma arte, a arte do òcio criativo, nada melhor do que aproveitar o tempo com coisas interessantes e até mesmo produtivas, tipo ler, sair, passear no parque, ver um filme interessante, se curtir mesmo. Sem essa de solidão ou problemas existenciais o legal mesmo é curtir o que há de melhor em você. ( Parece frase de revista feminina de auto-ajuda) Mas é verdade, eu por exemplo vou sempre Às livrarias sozinho. Os atendentesdevem achar que tenho problemas compulsivos, por que sempre vou lá reviro as estantes, olho milhares, leio alguns e saio. Depois disso sempre me convido para tomar cáfé... e sempre é a melhor companhia, nada como u mcafé sozinho pra organizar as idéias, pensar na vida ou simplesmente não pensar.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Les flâneurs.


Bom, nessa primeira postagem escolhi um tema talvez conhecido por todos mas esquecido por vontade própria pela maioria.
Dia desses andando pelo shopping depois comer um Mac Donald'S bem gorduroso e tomar uma Coca Cola, ligth por que a "normal" engorda, me deparei fazendo o que muitos fazem: andar sem rumo pelo "centro comercial" com cerca de dez mil coisas desnecessárias e imprescindíveis que podem ficar eternamente adiadas, perambular com inteligência. A esse ato denomina-se Flanar, que vêm do francês, surgiu se não me engano na década de 20 ou 40 "flâneur". Andando, olhando vitrines desenteressadamente não querendo comprar absolutamente nada, apenas para fazer a digestão.
Depois de muito andar eu comecei a me questionar: " Por que nós, seres dotados de inteligência não nos damos conta???" . Por que não reparamos que nada é voluntário, por que se fizemos alguma escolha realmente importante nessa vida de meu deus é por que outros o quiseram. Comecei a reparar - e claro que ler Durkheim me ajudou muito nisso- que nada ou quase nada vem de maneira direta e voluntária. Tudo que compramos, ingerimos (e a isso inclua-se drogas ilegais ou legais) tudo é pensado por alguém que manipula as informações de maneira que pensemos ser nossa a vontade de tomar uma coca ligth porque a normal engorda.
Ou seja, a calça colcci que vc comprou, o Mac chiken (feito com 100% carne de aves finamente selecionadas e mortas no seu habitat natural, sem Hormônios) ou o filme que vc viu no cinema foi previamente selecionado por alguém.
As cosias acontecem como correntes, como ondas, formas de pensar que são difundidas e tornadas "aceitáveis" perante a maioria dominante da sociedade.
Finalizando acho que há um ponto positivo nisso tudo de não termos o controle absoluto nem sobre nossas próprias escolhas: Pelo menos alguém pensa nisso. Façamos, vamos flanar!!!